18.9.11

pint. Egon Schiele

 

Trazias no peito a ferrugem líquida dos relógios. Arrancava-te as horas como pregos.

Depois ficávamos deitados a observar os animais brancos.

Não sabíamos nada. Não tínhamos nada.

Apenas soprávamos a cana da loucura — e tremíamos.

Vasco Gato, in "A prisão e paixão de Egon Schiele" & etc, 2005

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