from Vogue, January 1963 Under Parasols at the Beach - photographed by Louise Dahl-Wolfe
SEM TÍTULO E BASTANTE BREVE
Tenho o olhar preso aos ângulos escuros da casa tento descobrir um cruzar de linhas misteriosas, e com elas quero construir um templo em forma de ilha ou de mãos disponíveis para o amor....
na verdade, estou derrubado sobre a mesa em fórmica suja duma taberna verde, não sei onde procuro as aves recolhidas na tontura da noite embriagado entrelaço os dedos possuo os insectos duros como unhas dilacerando os rostos brancos das casas abandonadas, á beira mar...
dizem que ao possuir tudo isto poderia Ter sido um homem feliz, que tem por defeito interrogar-se acerca da melancolia das mãos.... ...esta memória lamina incansável
um cigarro outro cigarro vai certamente acalmar-me ....que sei eu sobre as tempestades do sangue? E da água? no fundo, só amo o lodo escondido das ilhas...
amanheço dolorosamente, escrevo aquilo que posso estou imóvel, a luz atravessa-me como um sismo hoje, vou correr à velocidade da minha solidão
Al Berto, in "Degredo no Sul" assírio & alvim, 2007
foto - assírio & alvim
Não há mais nada para dizer, além do que já foi dito e repetido e repetido ao longo destes anos todos ... talvez que ... o mundo mudou e a música é outra... e música, paz e amor era o lema, com algumas drogas pelo meio - marijuana e haxixe e de vez em quando 1 ácido prájudaràtrip... parece-me que por algum tempo foi possivel esquecer o medo e viver em liberdade... parece-me que por algum tempo se esqueceram diferenças... e se acentuaram afinidades, se esqueceram raças, crédos...ou se aproximaram d'outros... eu era miudo na altura, tinha 7 ou 8 anos, mas lembro-me do acontecimento, até porque vivia em Boston e não havia ninguém que não comentasse ou censurasse essa e todas as outras infâmias, ainda se falava do assassinio dos Kennedys, e do Martin Luther King e tantos outros, o Vietnam, os pretos que já se sentavam misturados nos autocarros e nos cafés e nos supermercados e nas escolas ao lado das filhas, e as drogas... e todos essas cenas, mêdos e o catano levaram os meus pais, católicos, emigrantes a decidir a trazerem-me para Portugal... — Ou é agora ou nunca, o miudo está a crescer. Os anos passaram-se e a música já era outra quando fui para Vilar de Mouros, possuido ou guiado pela memória desse espirito revolucionário, esse verão foi para nós de certo modo, o nosso woodstock com paz, música e amor e muitas drogas... O que mais me espanta, passados estes 40 anos, é constatar que foi essa geração e a minha que verdadeiramente foderam esta merda toda... se calhar 'esses' não estiveram em Woodstock nem em Vilar de Mouros e isto é apenas uma vingançazinha... mas também acredito que alguns por lá tenham passado... Enfim ... fica a memória de um espirito de irmandade que talvez ainda reste... hummmm!!!!!
Os discos originais do Festival de Woodstock são um triplo album "Woodstock OST", que é a banda sonora do filme e um album duplo chamado de "Woodstock Two". Para comemorar os 25 anos do festival em 1994, foi lançado uma edição com 4 CD's, onde além dos discos originais foram incluídas mais algumas músicas. Em 2009 na comemoração dos 40 anos foi editado uma box de luxo com 6 CD's acompanhado de um livro. Por este caminho não sei como vai ser em 2019.
O Projeto Woodstock, iniciativa que tem reunido e compilado todas as apresentações do evento, valendo-se de todas as gravações disponíveis, alcançou quase a exatidão dos espectáculos daqueles três dias. Algo impensado antes da era dos free-downloads. Mas hoje em dia... Tudo é possível! ... e já são 23 os discos do maior festival do mundo.
No primeiro dia, 15 de agosto de 1969, o trânsito das estradas impediram a chegada da banda ‘Sweetwater’, escalonada para abrir o festival. Foi por isso que Richie Havens, que já lá estava, foi o primeiro a subir ao palco, logo depois de ser transportado às pressa de helicóptero e ter visto o mar de 500 mil pessoas e carros espalhados pela estrada.
Depois de se despedir oito vezes e retornar ao palco para cantar mais uma, Havens já tinha esgotado o repertório, então olha para a plateia e diz “a liberdade não é o que nos fazem acreditar que é, nós já a temos. Tudo que devemos fazer é exercê-la e é isso que estamos fazer bem aqui”... olhou para a colina de gente, toca algumas notas, afina a guitarra, inicia os acordes e grita a famosa palavra de ordem “freedom” e excertos de ‘Motherless child’ – canção espiritual norte-americana – com outra que não ouvia há muito tempo.
“I got a telephone in my bosom and I can call it from my heart. When I need my brother”.
“Brother! Brother! Brother! Brother”!
Foi assim que Richie Havens escreveu o seu nome como a primeira apresentação da Feira de Artes e Música de Woodstock. O resto é história... Enquanto outras bandas que poderiam ter feito o espectáculo das suas vidas, como Sweetwater, Gratefull Dead, Quil, Mountain, e até Janis Joplin e Creedence Clearwater Revival, que acabaram por ter problemas com atrasos, técnicos ou físicos, e não fizeram boas apresentações. Por outro lado, artistas como Richie Havens, Joe Cocker ou Santana, que até então era mais ou menos desconhecido, levaram meio milhão de pessoas ao rubro, quem viu o documentário sabe o que foi...
Esta compilação, tenta recuperar todos os espectáculos e inclui até gravações raríssimas do palco alternativo, o ‘free-stage’.
A photograph is a secret about a secret. The more it tells you the less you know.
“Life is a lot like jazz . . . It’s best when you improvise. . .”
A musica só faz sentido se a pudermos ouvir para o dauneló é só clicar em:: nome :: ou então ir aos comentários Todos os links aqui contidos para download foram encontrados na internet, nenhum arquivo contido nos links aqui disponibilizados foi hospedado pelo Blog. This blog does not store any file on it's server. Only index and link the content provided by other sites!