31.7.11

o ponto de vista

ph pzpr.jpg

The horizon of most people is a circle with a radius of zero.
They call it their point of view.
Albert Einstein

hummmm

hummmm.jpg
guy_bourdin-polaroid.jpg
Guy Bourdin - polaroid

-------------------------------------------------------------
"Who controls the past controls the future.
Who controls the present controls the past."
George Orwell
-------------------------------------------------------------

A origem das espécies

darwin.jpg
Darwin

ssshhhh!!!!!!

We fear what we do not understand.

"People are so fearful of the unknown... 'Whatever it is, I'm against it.'"
Eckhart Tolle

JFK

jfk_cool.jpg

Too often in the past we have thought of the artist as an idler and dilettante, and of the lover of arts as somehow sissy or effete. We have done both an injustice. The life of the artist is, in relation to his work, stern and lonely. He has labored hard, often among deprivation, to perfect his skill. He has turned aside from quick success in order to strip his vision of everything secondary or cheapening. His working life is marked by intense application and intense discipline. As for the lover of arts, it is he who, by subjecting himself to the sometimes disturbing experience of art, sustains the artist — and seeks only the reward that his life will, in consequence, be the more fully lived.JFK, 1962

Missão impossivel e outros temas

Lalo Schifrin - mission: impossible... and more! (1996)
The best of Lalo Schifrin (1962-1972)


Lalo Schifrin - composer (except #5, 9, 11)



01. Mission: Impossible (2:30)
02. Jim On The Move (3:15)

Mike Melvoin - piano

from Mission: Impossible (1966)




03. The Wave - 2:38
04. Lalo's Bossa Nova (Samba Para Dois) - 2:14
05. Maria (Bernstein/Sondheim) - 2:27

06. Rio After Dark - 2:30

Jim Hall - guitar

Chris White - bass

Rudy Collins - drums
Carmen Costa & José Paulo - percussion

rec. 1962




07. The Man From THRUSH - 2:56

Bob Cranshaw - bass
from The Man From U.N.C.L.E. (1964)




08. The Cat - 2:39

Kenny Burrell - guitar

Freddie Hubbard - trumpet
James Moody, Jerome Richardson & Phil Woods - saxophone

Bob Brookmeyer & J.J. Johnson - trombone
from Les Félins aka Joy House aka The Love Cage (1964)




09. Bachianas Brasileiras #5 (Heitor Villa-Lobos) - 3:51
Mundell Lowe - guitar

rec. 1964




10. Anpacondra Soul - 2:39
11. The 'In' Crowd (Billy Page) - 3:11

rec. 1965



12. Venice After Dark - 2:43

from The Venetian Affair (1967)




13. Bullitt (Main Title) - 2:03
14. On The Way To San Mateo - 2:26

from Bullitt (1968)



15. Danube Incident - 1:53

from Mission: Impossible



16. Dirty Harry - 2:42

from Dirty Harry (1971)




17. Theme From Medical Center 2:45 

from Medical Center (1969)




18. Mission: Impossible - 3:35

Carol Kaye - bass
Grady Tate - drums

Oliver Nelson - conductor

from Mission: Impossible




mp3 320kbps
megaupload / rapidshare

25.7.11

Nada deve parecer impossível de mudar

brecht_und_graf.jpg
Oskar Maria Graf & Brecht, EUA, 1943

Desconfiai do mais trivial,
na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente:
não aceiteis o que é de hábito como coisa natural,
pois em tempo de desordem sangrenta,
de confusão organizada, de arbitrariedade consciente,
de humanidade desumanizada,
nada deve parecer natural, nada deve parecer impossível de mudar.

Bertolt Brecht

E se as pessoas vivessem mais a vida...

Eve Arnold - Karina & Quinn 1976.jpg
Karina & Quinn 1976 : foto de Eve Arnold

Livros & Cigarros

cigarros.jpg

MEMÓRIAS DE UM LIVREIRO

«Quando trabalhei num alfarrabista — um lugar que aqueles que nunca lá trabalharam facilmente imaginam como uma espécie de paraíso onde respeitáveis cavalheiros de ar simpático folheiam eternamente in-fólios encadernados —, o que mais me impressionou foi a escassez dos verdadeiros amantes de livros. Apesar de a nossa livraria dispor de um lote de obras excepcionalmente interessante, duvido que sequer dez por cento dos nossos clientes soubesse distinguir os bons livros dos que não prestam. Snobes à cata de primeiras edições eram bem mais numerosos do que os apaixonados pela literatura, mas estudantes orientais a regatear o preço de compêndios baratos eram ainda mais numerosos, e mulheres desesperadas em busca de presentes de aniversário para os sobrinhos eram as mais numerosas de todos.
Muitos dos que cruzavam a nossa porta eram o género de indivíduos capazes de importunar tudo e todos em qualquer lugar, mas, numa livraria, dispunham de um campo de manobra especialmente vasto. Por exemplo, a encantadora velhinha que «quer um livro para um inválido» (um pedido bastante comum, diga-se), ou a outra encantadora velhinha que leu um livro delicioso em 1897 e deseja saber se lhe conseguimos arranjar um exemplar. Infelizmente, não se lembra do título nem do nome do autor, nem sequer do tema da obra, mas recorda-se, isso sim, de que tinha uma capa vermelha.(…)»

George Orwell, in "Livros & Cigarros" antígona, 2010
trad. Paulo Faria


24.7.11

Big plans

Big plans 286.jpg

I (finally) have big plans (that I'll actually act on to realize)

what about you? :)


o desejo.jpg
Julian Murphy - mola de roupa, 1998

"Encontro pela vida milhões de corpos; desses milhões posso desejar centenas; mas dessas centenas, amo apenas um.
O outro pelo qual estou apaixonado me
designa a especialidade do meu desejo"
Roland Barthes

ATTENTION! Fumar também pode matar?

Roland Barthes, circa 1970.jpg
Roland Barthes, circa 1970

O estágio do espelho: "tu és isto."

Mas eu nunca me pareci com isto!

— Como é que você sabe?

Que é este "você" com o qual você se pareceria ou não? Onde tomá-lo?
Segundo que padrão morfológico ou expressivo? Onde está o seu corpo de verdade?
Você é o único que só se pode ver em imagem, você nunca vê os seus olhos, a não ser abobalhados pelo olhar que eles pousam sobre o espelho ou sobre a objectiva (interessar-me-ia somente ver os meus olhos quando eles te olham): mesmo e sobretudo quanto ao seu corpo, você está condenado ao imaginário.

Roland Barthes por Roland Barthes
São Paulo: Cultrix, 1977 - Tradução: Leyla Perrone-Moisés

Divas

04.jpg
02.jpg
Marilyn Monroe 1953 by Tom Kelly

Steinbeck

John Steinbeck (1902 – 1968).jpg
John Ernst Steinbeck, Jr. (February 27, 1902 – December 20, 1968)

"I have always lived violently, drunk hugely, eaten too much or not at all, slept around the clock or missed two nights of sleeping, worked too hard and too long in glory, or slobbed for a time in utter laziness. I’ve lifted, pulled, chopped, climbed, made love with joy and taken my hangovers as a consequence, not as a punishment."

Jack & The Kubricks

Jack Nicholson with Stanley and Vivian Kubrick during the filming of The Shining.jpg
Jack Nicholson with Stanley and Vivian Kubrick during the filming of The Shining

23.7.11

Buenos Aires: como te quiero!

Hay una Buenos Aires que se resiste a morir, que se niega a perder definitivamente su identidad y dejarle el terreno libre a la globalización, una Buenos Aires que subsiste entre miles de Mc Donald's, "Discos" y "Pubs".
Al bar "El Chino" van pocos turistas, sólo aquellos en busca de lo auténtico, sólo los que se animan a salir del circuito turístico tradicional que, por supuesto, no incluye a lugares que no hayan sido previamente "preparados", embellecidos y pintados bajo normas internacionales.
Las paredes del bar El Chino con sus 50 años de historia y recuerdos, fotos, cuadros, firmas y afiches puestos al azar junto a dos o tres cantantes y una guitarra bastan para transportarnos a un pasado, si bien no tan lejano en el tiempo, tan lejos de nuestra realidad. Un pasado que estamos perdiendo.
En el bar "El Chino", en el barrio de Pompeya al sur de la ciudad, todos los viernes y sábados por la noche, se toca y canta tango.
Afortunadamente para Buenos Aires, el bar El Chino aún está.
Humberto Farro
El bar

El Bar "El Chino" se encuentra en Beazley 3566, Pompeya, Buenos Aires, Argentina.

Bar "El Chino"

01.jpg
02.jpg
03.jpg
04.jpg
05.jpg
06.jpg
07.jpg
08.jpg
09.jpg
10.jpg
11.jpg
12.jpg
13.jpg
14.jpg
15.jpg
16.jpg
17.jpg
18.jpg
19.jpg
20.jpg

El bar "El Chino" en Buenos Aires
fotografias de Humberto Farro


Lisbon Revisited

Fernando Pessoa em Flagrante Delitro foto para a namorada Ofélia.jpg
Fernando Pessoa na adega de Abel Pereira da Fonseca, em 1929.
Esta fotografia enviou-a ele a Ophelia Queiroz com a inscrição:

«Fernando Pessoa em flagrante delitro».

Lisbon Revisited
(1923)

NÃO: Não quero nada.
Já disse que não quero nada.

Não me venham com conclusões!
A única conclusão é morrer.

Não me tragam estéticas!
Não me falem em moral!
Tirem-me daqui a metafísica!
Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas
Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) —
Das ciências, das artes, da civilização moderna!

Que mal fiz eu aos deuses todos?

Se têm a verdade, guardem-na!

Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica.
Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo.
Com todo o direito a sê-lo, ouviram?

Não me macem, por amor de Deus!

Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?
Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que havemos de ir juntos?

Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho.
Já disse que sou sozinho!
Ah, que maçada quererem que eu seja da companhia!

Ó céu azul — o mesmo da minha infância —
Eterna verdade vazia e perfeita!
Ó macio Tejo ancestral e mudo,
Pequena verdade onde o céu se reflete!
Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje!
Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta.

Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo...
E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!

Álvaro de Campos

Romy

romy.jpg
Romy Schneider : Paris, 1964
photo by Will McBride

22.7.11

HOLLYWOODIANAS

HOLLYWOODIANAS I.jpg
Metro Goldwin Mayer Presents: Primo Carnera & Jean Harlow em Bombshell,
'Mademoiselle Dinamite': dir. Victor Fleming, 1933


Nouvelle cuisine

NOUVELLE CUISINE.jpg

À procura do absoluto

Alberto Giacometti no atelier, Paris 1950 Foto de Ernst Scheidegger.jpg
Alberto Giacometti no seu atelier em Paris, 1950
Fotografia de Ernst Scheidegger


Ele sabe o que queria fazer e nós não o sabemos; mas sabemos o que tem feito e ele ignora-o: mais da metade dessas esculturas ainda estão presas à sua carne, é-lhe impossível vê-las: mal as acaba, está já para além delas a sonhar com mulheres ainda mais delgadas, ainda mais longas, ainda mais leves, e é graças à sua obra que concebe o ideal em nome do qual a julga imperfeita. Isso nunca acabará simplesmente por que um homem está sempre para além do que faz. "Quando acabar", diz ele, "escreverei, pintarei, divertir-me-ei".
Mas morrerá antes de acabar.

Quem tem razão, ele ou nós? Ele, desde já, porque, como diz Leonardo da Vinci, não é bom que um artista esteja contente. Mas também nós — e em última instância. Kafka, no momento da sua morte, queria que queimassem os seus livros, e Dostoiévski, nos últimos tempos de sua vida, sonhava dar continuidade aos Karamazov. Provavelmente, morreram um e outro com mau humor, este pensando que não tinha ainda nada feito de bom, aquele pensando que resvalaria para fora do mundo sem sequer o ter arranhado. E, todavia, esses dois ganharam, para além do que tinham podido pensar. Giacometti também; e ele sabe-o bem.

É em vão que Giacometti se agarra às suas esculturas como um avarento ao seu dinheiro escondido; é em vão que ele retarda, temporiza, encontra cem artimanhas para ganhar um pouco de tempo: os homens vão entrar em sua casa, afastá-lo, levar todas as suas obras e até o gesso que cobre o chão. Sabe-o, o seu ar de perseguido traiu-o: sabe que ganhou, a despeito de si mesmo, e que nos pertence.

Ao contrário do classicismo, Giacometti restitui às esculturas um espaço imaginário e sem partes. Aceitando de chofre a relatividade, encontrou o absoluto. É que ele foi o primeiro que soube esculpir o homem tal como o vemos, isto é, à distância.

Jean-Paul Sartre. Situações III.
Europa-América: Lisboa, 1971 (excerto) ズ

21.7.11

L'Étranger

camushcb.jpg
Albert Camus (Paris, 1944) by Henri Cartier-Bresson

The funeral of John Coltrane

John Coltrane 06.jpg
John Coltrane died at July 17, 1967
7456516_1_l.jpg
John Coltrane - "Obituary" Pamphlet from his funeral
7456516_2_l.jpg
An original "obituary" program from John Coltrane's funeral -- what a sad, sad day that was. Printed on card stock, this measures 8.5" x 5" folded, and as you can see it features the photograph from "A Love Supreme" on the front cover. Opened it measures 8.5" x 10" and has the program for Coltrane's memorial service, which featured performances by the Albert Ayler Quartet and Ornette Coleman's quartet. These were given out to those who attended the service. This is absolutely authentic, and came from his family, and is in near mint condition. Historic, to say the least.
coltrane_funeral.jpg
Albert Ayler performing at John Coltrane's funeral in 1967 Photo-  Ray Ross.jpg
Albert Ayler, Don Ayler, Richard Davis

The funeral of John Coltrane at St Paul’s Lutheran Church, New York, July 21st, 1967

© Raymond Ross

When John Coltrane died of liver cancer on July 17, 1967 Albert Ayler was asked to play at his funeral, which was held four days later at St Peters Lutheran Church in New York City. Ayler's work had a profound influence on Coltrane's and Coltrane would emerge as the leading proponent of Ayler. He regularly spoke of Ayler as an otherworldly sort of musician, often relented to him on stage, and was responsible for Ayler's signing to Impulse! Records, the leading jazz label of the 1960s. He also reportedly supported Ayler and members of Ayler's band financially at times.
There is no video of The Albert Ayler Quartet performing at Coltrane's funeral (Ayler opened the proceedings and Ornette Coleman closed them), but audio did sufrace in the Holy Ghost set released by Revenant Records. The audio is imperfect, but the recording has an aura that is strangely appropriate.



Love Cry / Truth Is Marching In / Our Prayer

Albert Ayler Quintet

A. Ayler
on tenor saxophone and vocalD. Ayler on trumpetR. Davis on bassM. Graves on drums

— Holy Ghost: Rare & Unissued Recordings (1962-70)

The other band was Ornette Coleman Quartet
They played Holiday for a Graveyard

.

My Favorite Things

John Coltrane, circa 1960.jpg
John Coltrane
(1926-1967)